quarta-feira, 26 de outubro de 2011

1ª República – Portugal

   No início do século XX, Portugal vivia num regime monárquico, sendo já uma monarquia parlamentar.
   Portugal, desde sempre foi um país pouco desenvolvido em comparação com os outros países europeus, tendo constantes problemas económicos. No século XX, não apresentava uma agricultura desenvolvida e mecanizada, nem uma indústria predominante. O comércio era frágil devido a concorrência dos países mais fortes e devido a falta de produtos para comercializar. A população vivia miseravelmente trabalhando nos campos – agricultura tradicional.
   A revolução que demonstrava o descontentamento do povo, deu-se em 1910 e levou ao fim a monarquia, instaurando a República.
   Apesar do futuro promissor do novo regime político, a 1ª República não teve sucesso e foi substituída pela ditadura salazarista 16 anos depois – 1926.
   Esse período de 16 anos foi um período de grande instabilidade política causando ainda maiores estragos na economia portuguesa. Portugal presenteou oito eleições presidenciais (em vez das quatro normais), sete presidentes da república, quarenta e cinco governos e nove eleições legislativas. Este insucesso foi, maioritariamente, causado pela oposição ao novo regime: clérigos, nobres, apoiante do D. Miguel e a alta burguesia, o que originou uma guerra civil entre estas duas frentes.   
   Dentro do parlamento começara a haver divergências logo após a vitória da República. Vários apoiantes da revolução tinham uma divergência de ideais quanto ao futuro do país: uns eram mais radicais, outros eram reformistas, etc.   
   Nos 16 anos da república, houve vários regimes: o mais predominante – o republicano, em 1915 e 1917 houve breves ditaduras, em 1919 instauração da monarquia do Norte e o fim da mesma. Mostrando o desagrado a algumas dessas políticas, os seus fundadores eram assassinados.  
   Aos poucos, Portugal foi entrando numa crise cada vez mais profunda, subindo constantemente os preços dos produtos – inflação, levando à desvalorização da moeda e ao défice da balança económica. O agravamento da miséria da população levou à greves e manifestações o que também não foi muito benéfico para o país, parando a produção.
   Em 1926, o general Gomes da Costa aboliu a 1ª República e deu início a uma ditadura na tentativa de melhorar as condições de vida da população.
                                  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

As Mudanças Sociais

   A partir do século XIX, começou a haver uma maior urbanização. O desenvolvimento das indústrias possibilitou o aparecimento de novos postos de trabalho o que levava as pessoas a saírem dos campos e irem para as cidades a procura de melhores condições de vida – êxodo rural e expansão urbana.
   Esse movimento aconteceu primeiro na Europa, seguindo-se da América e alastrando-se no resto dos países de acordo com o seu desenvolvimento industrial.
   De acordo com a quantidade de pessoas que emigravam para as cidades, essas transformavam-se e aumentavam consideravelmente – criação de metrópoles. Os prédios eram construídos em altura para poder alojar o maior número de pessoas. As pessoas que não tinham como pagar um apartamento dentro da cidade, construíam barracas na sua margem, principalmente ao pé das fábricas onde trabalhavam para poupar tempo na deslocação de casa para o trabalho e vice-versa. Para poder sustentar as necessidades básicas das pessoas, fio necessário a criação de sistemas/serviços que pudessem criar condições favoráveis para a existência nas cidades – transportes, bancos, escola, esgotos, eletricidade, hospitais, funções públicas, lojas, bibliotecas, etc.
   Para além das mudanças físicas das cidades, a mentalidade das pessoas sofreu igualmente, grandes alterações. A vida nas cidades passou a ser uma competição: as pessoas lutavam pela sua sobrevivência; como eram muitas, tinham que aceitar tudo o que lhes era proposto (trabalho) por muito miserável que fosse, pois sabiam que se não o fizessem iriam ser substituídos por outros, essas condições faziam com que as pessoas trabalhassem durante todo o dia e só tivesses o mínimo de horas para poder dormir. Começou a haver uma grande distância e a indiferença para com as pessoas que as rodeavam (vizinhos), consequentemente a crescente falta de solidariedade e de carinho pelo outro.
   As crianças foram obrigadas a alteram os seus hábitos de brincarem na rua devido ao constante trânsito e poluição.
   É nesta altura que se começa a ter uma noção do que é o lazer. As pessoas começam a frequentar lugares como teatros, cinemas, bares, cafés, casinos, ver jogos, ouvir música, a ter um interesse pelo desporto, viajar, etc. – Anos 20 / “the american way of life”.
   As mulheres são obrigadas a trabalhar para poderem a sustentar a família pois só o ordenado do “chefe de família” já não chegava. A ausência da mulher em casa leva a uma menor taxa de natalidade pois a mulher já não tem a possibilidade de ficar em casa a tomar conta dos filhos. Para além disso a mulher, como sendo capaz de se sustentar, passa a ter independência económica não necessitando do apoio económico de um membro de família masculino – essa independência económica permite-lhe a escolha de um marido por amor e não pelo dinheiro e após o casamento, os recém-casados sairiam da casa dos pais e iriam viver sozinhos, o que eram comum acontecer antigamente. Começa a haver uma maior igualdade entre os sexos – as mulheres deixam de ser vistas apenas como um meio de procriação e um ser indefeso. Começa então a emancipação feminina. As mulheres começam a lutar pelos seus direitos, iguais aos homens, começando a luta ainda no século XIX pelo sufrágio universal – direito ao voto e continuando já no século XX pelos outros direitos que o homem tinha. Uma das coisas mais notórias desta emancipação, foi a alteração da imagem da mulher: o corte de cabelo extremamente curto, as roupas justas e curtas, o hábito de fumar, de fazer desporto e de estar mais a vontade no mundo reconhecendo-se como um ser digno e merecedor de respeito.

   Após a 1ª Guerra Mundial, os países adotaram novas visões políticas: de direita – apoiantes do capitalismo; da esquerda – apoiantes do socialismo; e os apoiantes do nacionalismo – o caso da Alemanha.
  •    Apareceu a teoria do relativismo que negava o positivismo. O pensamento positivista afirmava que só havia uma verdade e que tudo podia ser explicado de uma maneira objetiva. No século XX essa teoria veio ser posta em causa afirmando que há várias maneiras de ver um assunto e que pode haver várias verdades havendo incerteza em todas elas – subjetivismo.
   O Sigmund Freud afirmava a teoria da divisão da mente. Nela haveria distinção e divisão do nosso consciente e inconsciente, sendo o último aquele que na verdade mostra a nossa personalidade e a nossa vontade.  

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Revolução Socialista Russa

   No século XX, a Rússia apresentava uma economia débil e muito pouco desenvolvida em relação aos países europeus. A atividade predominante era a agricultura que ainda era feudal e tradicional (sem a intervenção das máquinas) e apresentava uma fraca produtividade. A indústria era também pouco desenvolvida e consequentemente, pouco produtiva. Um Império governado por uma monarquia autoritária e absoluta com uma economia frágil e com população a viver na absoluta miséria, não correspondia minimamente aos padrões de viva europeia.
   Devido às más condições de vida, houve uma tentativa de revolução por parte dos liberais em 1905 que foi rapidamente suprimida pelo czar Nicolau II. Para acalmar a população, o czar criou a Duma (parlamento) como forma de tentativa de democratizar o país, mas na realidade não tentando mudar a sua forma de governar, pondo na Duma homens que estariam a apoia-lo a 100%.
   Apesar da tentativa de sossegar a população, esta não estava contentes criando vários partidos contra o regime. Um deles foi o KD (Partido Constitucional Democrata) que procurava impor um regime parlamentar. Os Socialistas Revolucionários eram partidários do coletivismo e socialismo dos meios de produção. Os Sociais-Democratas eram os mais radicais, defendendo a proletarização da sociedade e o fim da propriedade privada. Estes últimos dividiam-se em Bolcheviques que constituíam a parte maior e eram os mais radicais, e os Mencheviques que eram a sua minoria e eram moderados e reformistas. Os revolucionários eram na sua maioria constituídos pelos Sovietes, estes por sua vez, era assembleias administrativas e deliberativas compostas pelos operários, camponeses e soldados.
   Em 1916 a Rússia entra na 1ª Guerra Mundial o que vem a agravar a então má economia do país e vem também a enfurecer ainda mais a população russa, levando em 1917 à Revolução de Fevereiro em Sampetersburgo. Após a revolução, é proclamado o fim da monarquia e a proclamação de um Governo Provisório apoiado pela burguesia e dirigido pelo príncipe Lvov que era um constitucional democrata. Esta revolução foi inspirada por Vladimir Ilich Ulianov mais conhecido por Lenine, estando no momento da revolução no exílio em Suíça. Dada a revolução, voltou à Rússia para assumir o comando do país junto do seu grande amigo e companheiro, Leão Trotsky, dando assim, início a um regime duplo, por um alado governado pelos burgueses, por outro, pelos Bolcheviques (regimes paralelos).
   O regime implantado pelo Lenine foi o de marxismo-leninismo. Foi uma fusão de dois ideais: o do marxismo – criado por Karl Marx, que tinha uma teoria de que mais sedo ou mais tarde iria dar-se uma revolução socialista, mas que essa revolução deveria acontecer num país desenvolvido (não sendo o caso da Rússia); e leninismo – os ideais de Lenine de acordo com a situação político-económica do país. Esse modelo soviético defendia a igualdade entre as classes: não haveria pessoas mais ricas que outras. Seria uma época de domínio do proletariado em que não haveria patrões pois os trabalhadores seriam os seus próprios patrões. Foi também, iria ser o fim da propriedade privada – toda a propriedade privada dos burgueses seria entregue ao Estado para esse separá-la de igual forma por todos, o que obviamente não aconteceu, continuando a haver pessoas extremamente pobres. Seria criada a ditadura do ploretariado, que serviria como repressão de todos aqueles que não queriam adquirir à política imposta, na sua maioria eram burgueses, czaristas (aqueles que apoiavam a monarquia) e muitos dos camponeses (os que eram tradicionalistas e estavam habituados à monarquia). Esse regime ditatorial serviria como um período de transição entre a monarquia e o comunismo. Uma das outras metas de Lenine, seria conceder independência aos países Russos que a desejassem.
   O regime duplo vivido na altura, transformou-se em desordem política o que teve greves consequência no país: a Rússia entrou, ainda mais, numa pobreza profunda levando à violência social (vandalismo, roubo, falência de empresas e seu abandono pelos patrões, conflitos no exército, etc.)
   Começou assim, uma guerra civil entre os regimes opostos e também a intervenção de outros países que não queriam de modo algum, a influência e a adesão dos seus povos à política soviética. A população separou-se em duas partes:
·         Guardas Vermelhos – Bolcheviques
·         Guardas Brancos – reformistas, czaristas… e todos aqueles países europeus que eram contra o socialismo (Inglaterra, Japão, França, Alemanha, EUA)
   Para apoderar-se do poder, os guardas vermelhos, atacaram o Governo fazendo a Revolução de Outubro.
   Em 1921, os Bolcheviques sobem ao poder, implantando o marxismo-leninismo e em 1922 dá-se por terminada a guerra civil implantando a República Socialista. Após a vitória, foram feitas medidas comunistas como tentativa de melhorar a situação do país:
o   A negociação da paz com a Alemanha a qualquer custo (foi muito prejudicial, pois a Rússia fez um acordo desfavorável para si)
o   A proclamação do Direito do Povo Russo, uma novidade para Rússia pois nunca tinha tido um direito do Homem oficializados
o   A hierarquização dos sovietes, estando o Lenine no topo
o   Constituição da Revolução
o   A destruição do sistema capitalista e a nacionalização da economia russa
o   Regime de partido único (Partido Comunista Russo), criação da polícia política e da censura – ditadura do ploretariado
o   Criação da III Internacional, que iria juntar a ajudar todos aqueles países que quisessem aderir ao comunismo
   Devido à crise e pobreza existentes, Lenine criou o NEP (Nova Política Económica) que permitia a criação de pequenas propriedades privadas de livre iniciativa – regressão ao modelo capitalista.

   Esta nova ideia de “o mundo pertencer ao ploretariado” intrigou e interessou o ploretariado dos restantes países europeus, pois também eles viviam na pobreza e no desemprego devido aos estragos na sociedade causados pela 1ª Guerra Mundial.
Acima, Tatiana e Olga; Sentados: Maria, Alexandra, Nicolau e Anastácia. E no chão, Alexei
   Após a guerra terminar, surgiram várias revoltas socialistas da parte do povo, e em resposta, também surgiram movimentos da parte do Estado com a tentativa de melhorar as condições de vida da população (para evitar futuras revoltas). Estes movimentos do Estado foram na sua maioria, movimentos autoritários e antidemocráticos (aparecimento de fascismo – Itália, nazismo – Alemanha, salazarismo – Portugal e franquismo – Espanha).

domingo, 16 de outubro de 2011

O mundo após a 1ª Guerra Mundial

 
   Em 1914 foi dado o início à 1ª Guerra Mundial, acabando esta em 1918. Causada pela Alemanha e pelos seus aliados austríacos e húngaros na esperança de expandir o seu território conquistando outros países europeus, a guerra trouxe imenso sofrimento quer seja para os países atacados como também para os atacantes.  
   Os vencedores foram os países atacados que rapidamente começaram a organizar e a por em vigor um tratado de paz, este foi feito em Paris adotando o nome de "Tratado de Versalhes". Nesse tratado foram definidas várias obrigações e deveres que a Alemanha seria obrigada a cumprir, e algumas mudanças do mapa geopolítico europeu:
  • a Alemanha e os seus aliados deveriam pagar todos os estragos causados aos países vencedores
  • a Alemanha foi proibida de ter armamentos e exército funcional no seu país (o país foi desarmado)
  • a Alemanha foi proibida de construir fortificações na extensão do rio Reno
  • tal como a maioria dos países europeus, a Alemanha foi obrigada a conceder independência às suas colónias
  • foram dissolvidos todos os impérios europeus: império Austro-Húngaro, Alemão, Otomano e Russo, formando outros países e dissolvendo os regimes autoritário dando lugar à democracias representativas
   Em 1919, na Conferencia da Paz, o presidente Woodrow Wilson, propôs a criação de uma organização mundial que iria promover e assegurar a paz mundial. Assim, foi criada em 1919, a SND - Sociedade das Nações. Apesar das boas intenções da organização, não houve resultados significativos, pois logo na oficialização da SND houve recusas de entrada nessa mesma organização pelo presidiste Wilson (EUA), pelos países vencido e até por alguns países vencedores.
   Para além disso, na negociação do tratado de Versalhes, não esteve presente o lado derrotado, levando ao descontentamento do mesmo.

  
   A 1ª Guerra não trouxe só conflitos políticos. Os países ficaram devastados, os conflitos armados destruíram vastos territórios de países europeus, foram destruídas cidades inteiras (casa, lojas, escolas, fábricas - diminuindo em grande número a produção), aldeias e campos agrícolas, perdendo todas as colheitas daqueles anos. Durante a guerra, a produção industrial e a produção agrícola baixaram cerca de 40% e 30% respetivamente levando à perda de mercados internacionais.
   A morte de soldados e de pessoas inocentes, reduziu a população dos países (principalmente a população masculina que morreu na guerra), levando à necessidade da entrada da mulher para os postos de trabalho dantes ocupados pelos homens - começo da emancipação feminina.
   Começou assim a crise europeia, sofrida principalmente nos países vencidos - Alemanha, Áustria e Hungria, pois esses não só tiveram de reconstruir o seu próprio país como também tiveram de pagar os estragos aos países vencedores estabelecidos no Tratado. Esta crise levou a uma drástica desvalorização da moeda gerando graves crises inflacionistas e ao endividamento interno (dívidas dos países vencidas para com os vencedores) e externo (empréstimos concedidos pelos EUA).

   Pela primeira vez, devido à crise, a Europa deixa de ter o hegemonia do comércio Mundial, passando esse privilégio aos EUA que a partir desse momento e até aos dias de hoje passaram a deter esse poder e foram os primeiros a dar início às mudanças da sociedade - seus comportamentos e hábitos. Assim a Europa passa a estar dependente dos EUA, pedindo empréstimos para a sua reconstrução e importando vários produtos (dos quais, alimentares).
   Para além dos EUA, o Japão também aproveitou a desorganização política e económica europeia para evoluir a sua condição relativamente ao comércio interno e internacional. 

   Os EUA ficaram assim os credores europeus. Para conseguir sustentar o seu país e os vários países europeus, os EUA tiveram que aumentar a sua produção agrícola e industrial, levando assim ao rápido desenvolvimento e  crescimento do país.
   Esse rápido crescimento da produção revelou-se ser demasiado grande, levando a acumulação de stocks resultando em falências, desemprego e deflação. Deu-se assim a primeira crise económica, mas que durou apenas por um ano - 1920-1921.
  A partir de 1923, recuperou-se a estabilidade económica, permitindo o desenvolvimento do país:
  • desenvolvimento técnico, exploração de novas fontes de energia, novo processo produtivo (estandardização e taylorismo) e novos ramos industriais.
  • incentivo ao consumo de massas pela concessão de crédito (levando à acumulação de créditos), bolsa e pela publicidade.
   Começou assim a "era da prosperidade" nos EUA marcada pelo otimismo e confiança e pelo crescimento industrial, comercial e financeiro.
  
   A frase da altura era "O grande negócio da América são os negócios", dito pelo presidente Coolidge. O mais importante eram os negócios: como obter o lucro máximo com custos mínimos?; como desenvolver as fábricas para que haja uma maior produtividade?; quais as inovações necessárias para que o produto seja o mais apelativo?; que novos produtos possam ser inventados (novidades no mercado)?, etc.
   Frederick Taylor (taylorismo), definiu a racionalização do trabalho propondo o trabalho em cadeia. Henry Ford, baseando-se no anterior, idealizou a produção em série/massa, através da uniformização de modelos - estandardização. Ford também fundou uma política de altos salários para aumentar o desejo pelo consumo cada vez maior das pessoas.

   Este novo tipo de vida da população passou a chamar-se "o estilo de vida à americana" - "the american way of life", caracterizado pela boa disposição, aquisição de máquinas elétricas/eletrónicas (rádio, telefone, etc.), aquisição de carros que entraram na moda nessa altura, etc.

11º ANO

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terça-feira, 24 de maio de 2011

A Vida de um Operário - As Fábricas

   Com a Revolução Industrial foram criadas fábricas dedicadas a vários sectores. Começou um Mundo de capitalismo. O pretendido pelos patrões era obter o lucro máximo ao preço mínimo, e o dos operários era simplesmente, sobreviver.
 
   De monofactura passou a maquinofactura - o trabalho era feito nas fábricas com a ajuda das máquinas. A fábrica era uma instalação com um espaço muito grande e organizado, cada trabalhador tinha o seu posto de trabalho e a sua função.
   Existindo uma produção em cadeia (cadeias de montagem)onde os trabalhadores tinham uma única função (divisão do trabalho), uma pequena parte na produção onde faziam sempre a mesma coisa, era possível ter uma boa organização no local de trabalho pois o operário não podia nem precisava de sair do seu lugar. Alias, eram-lhe oferecidas as condições mínimas para que o operário pudesse estar minimamente confortável para assim poder produzir o máximo possível no menor tempo. Desenvolveu-se assim, uma automatização dos actos e gestos do trabalhador (especialização de tarefas), fazendo o trabalhador trabalhar automaticamente e sem grande dificuldade. A essa automatização do trabalhador e a sua tarefa exclusiva chamou-se Taylorismo.
  Os operários passaram a ter horários de entrada e saída o que permitia um maior controlo dos mesmos.
  O aparecimento da electricidade permitiu a existência de turnos diurnos e nocturnos para que a produção nunca parasse.

   Esse trabalho árdou do operário permitiu uma diminuição do custo acabado do produto, o que possibilitou um aumento do poder de compra - originando o consumo de massas, e melhores condições de vida das pessoas.
   Esse aumento da procura levou a massificação da produção - produção em massa. Os produtos passaram a ser uniformes (modelos todos iguais, não fabricando peças únicas) - estandardização.

   A concorrência entre os empresariais foi aumentando, levando alguns deles a falência. Os mais necessitados, tiveram que recorrer ao crédito para sobreviver- criou-se assim um capitalismo financeiro, em que a moeda passou a ser, também, uma forma de comércio. A moeda teve o nome de moeda fiduciária, passava pelas mãos dos banqueiros.   

   Uma nova forma de ganhar dinheiro surgiu com a compra e venda de acções criando-se assim a especulação.
                     
   Para não irem a falência e para sobreviverem à concorrência, as empresas criaram duas formas de sobrevivência:
  • concentração vertical - uma empresa compra outras que possam ir a falência (aquisição) e que concorriam para o mesmo produto no mercado (indústria siderúrgica, têxtil...)
  • concentração horizontal - associação de empresas podendo ou não concorrer para o mesmo produto acabado.
   Falta referir que apesar de o sexo masculino ter sido sempre predominante neste tipo de trabalho, a partir da 1ª Guerra Mundial, a mulher e as crianças vão entrar nesse ramo para poderem sustentar-se enquanto os homens estivessem na guerra.

Desenvolvimento Industrial - Mundial

   O novo regime político - o Liberalismo, trouxe ao mundo uma nova mentalidade. Essa nova maneira de pensar estava mais direccionada em discubrir e aperfeiçoar o ser humano, e não ficar preso às antigas tradições e hábitos, tendo no cento o Deus.
   O ser humano, influenciado pelos novos ideais, começou a prestar mais atenção ao seu dia-a-dia, querendo melhorar as suas condições de vida - com isso queria mudar os hábitos antigos e permitir a mobilidade social.
   Podemos verificar que o melhoramento das condições de vida da população deveu-se a  factores como a revolução industrial e a revolução agrícola que tiveram várias consequências, levando a uma mudança radical na vida das pessoas: os seu hábitos, as suas metas de vida, a relação com os filhos, etc....


   A revolução industrial foi o mais importante factor no desenvolvimento de cada país, esse por sua vez influenciou o aparecimento de outros factores.

   Para possibilitar um rápido desenvolvimento industrial, foram descobertas novas fontes de energia. Tudo começou com a energia a vapor (queima de carvão), esta, por sua vez foi substituída pelo petróleo (gás, gasolina e gasóleo) que até aos dias de hoje continua a ser o mais requisitado como combustível nos transportes. A essa seguiu-se a electricidade, a fonte de energia mais limpa daqueles tempos sendo mais utilizada nos mecanismos eléctricos (  telefone, refrigeração, aquecimento, etc..., sendo a mais importante a iluminação, que permitiu a iluminação diária).             

   Com as novas fontes de energia, o desenvolvimento industrial foi mais eficaz. Vários sectores da indústria desenvolveram-se: a indústria metalúrgica - utilizando metais como o cobre, zinco, estanho..., na criação de materiais de uso quotidiano; a siderurgia - era usado o ferro e o aço na construção civil (estrutura metálica dos edifícios - início do estilo gótico) e na construção de máquinas  que iriam ser usadas nas próprias fábricas ou nos campos; por fim na indústria química - aplicando os novos conhecimentos científicos na criação de perfumes, sabão (importante na higiene das pessoas), medicina, tintas, adubos e pesticidas (usados na agricultura), etc.... 

   Para além do desenvolvimento industrial, também desenvolveram-se os meios de transporte. Apareceram novas formas de transporte como a navegação a vapor (substituiu os barcos a vela) - diminuiu o tempo de viagem, para além disso, os barcos passaram a ser feitos de aço que os tornava mais leves e resistentes e por isso mais fáceis de manejar, também mais rápidos e com a possibilidade de haver mais carga a bordo; o comboio - começou a ser utilizado para transporte de metais acabados de extrair da terra e transporte de mercadoria, mais tarde, foi utilizado para transporte de pessoas, também teve grande mudança na aparência: era feito, inicialmente de madeira (o comboio e os carris) , para mais tarde passarem a ser feito em ferro o que possibilitou uma maior rapidez; também os automóveis e os aviões, aperfeiçoando-se ao longo dos anos/séculos. Aperfeiçoou-se a bicicleta.
   Esses novos e aperfeiçoados meios de transporte, permitiram um rápido transporte de produtos agrícolas que tinhas um curto prazo de validade e um alargamento dos serviços postais internacionais.

   Com a descoberta da electricidade, possibilitou-se a criação de meios de comunicação. Chamadas de comunicações à distância, surgiram o telégrafo de cabo(1832), telégrafo sem fios (1895), telefone (1876) e a rádio.                         

terça-feira, 22 de março de 2011

O Novo Ordenamento Político e socioeconómico (1834-1851)

   Os anos seguintes foram continuamente criticados pelos adeptos de vários regimes: absolutismo, liberalismo moderado e liberalismo radical.

   Um dos revolucionários foi o Mouzinho da Silveira. Foi o apoiante de D. Pedro na guerra civil, mas tinha ideais muito mais radicais. Acreditava na igualdade, na justiça e no avanço de Portugal na Europa.
   A economia portuguesa foi o seu alvo: o seu ideal era a abolição dos monopólios comerciais para que possa haver concorrência e haja desenvolvimento no país. O desenvolvimento das indústrias era crucial, pois depois da separação do Brasil de Portugal, a economia portuguesa piorou bastante e era preciso ser mais autónomo e tentar chega, por meios próprios, à situação europeia. As terras feudais deveriam ser abolidas e distribuídas pelo povo, se esse as quise-se comprar (para terem a possibilidade de terem um negócio próprio). Era preciso que Portugal pudesse auto-sustentar-se.

   O movimento setembrista baseou-se na teoria do Muozinho da Silveira. Os apoiantes eram liberalistas radicais que apoiavam inteiramente a Constituição de 1822.
   A Revolução de Setembro deu-se em 1836. Os lideres ocuparam as posições do governo, foi uma revolução bem sucedida.
   Os revoltosos, exigiram a reposição da Constituição de 1822 à rainha D. Maria II. A nova Constituição foi rescrita com base na Constituição de 1822, 1837 (espanhola), 1831 (belga) e 1830 (francesa, nova) 2 também a Carta Constitucional de 1826.

   O descontentamento continuava e houve uma outra revolução, a de 1842 - o Cabralismo. Essa, foi defendida pelos cartistas - apoiantes da Carta Constitucional. O líder da revolução foi Costa Cabral, que foi um apoiante do setembrismo mas foi influenciado pelos homens ricos (nobreza, também a rainha D. Maria II) e mudou os seus ideais.
   Costa Cabral pretendia o desenvolvimento do país através de obras públicas e da melhoria da Administração. Era um regime de certa forma ditatorial e causava descontentamento à vários partidários de outros regimes.
   Descontente com as más condições de vida e má governação do país, setembristas e miguelistas uniram-se pela primeira vez para abolir o regime governador - Cabralismo.
   A revolução começou em 1846 e teve duas fases: a primeira - a Revolução da Maria da Fonte, acontecendo na sua maioria na região do Porto, consegui tirar Costa Cabral do poder; a segunda - Revolução da Patuleia, organizada pelo povo, teve revoltas por todo o país.
   Apesar do esforço, as forças estatais (Cabralistas) conseguiram vencer e repuseram Costa Cabral ao seu lugar anterior em 1849.
   Mesmo na segunda governação de Costa Cabral, foi um insucesso como da primeira. Mais uma vez, os setembristas e agora com os cartistas moderados, originaram mais uma revolta em 1851, e desta vez conseguiram vencer e retirar Costa Coabral do poder.

domingo, 20 de março de 2011

A Resistência ao Liberalismo

   Após a revolução liberal de 1820 em Portugal, surgiram oposições ao novo regime. Os absolutistas, na sua maioria nobreza e clero - classes privilegiadas, queriam a restauração do poder absoluto. Também entre os liberais, Haviam os mais moderados e os mais radicais.

   As figuras que representavam os dois lados eram o D. Miguel - absolutista e o D. Pedro - liberalista, ambos filhos de D. João VI. D. Miguel apoiava a sua mãe D. Carlota Joaquina na defesa dos seus interesses absolutistas e na conservação dos seus privilégios e sua honra perante a corte e o país. Pelo contrario, D. Pedro - imperador do Brasil, influenciado pelos ideais liberais que levaram o Brasil à independência, queria a liberdade dos homens e a sua participação no governo.

   D. Miguel ficou insatisfeito com a publicação da Constituição de 1822, revoltando-se demonstrativamente várias vezes, apoiando as revoluções, entretanto originadas em Espanha, ajudando os seus familiares maternos.
   D. João tentava inúmeras vezes impedir essa atitude no príncipe, moderando a Constituição para que essa ficasse mais do seu agrado. Mas nem isso ajudava, pois D. Miguel planeou retirar o rei do trono, alegando falsas ameaças ao rei. Foi obrigado a retirar-se para o exílio em Viena de Áustria.

   Após a morte de D. João VI, D.Pedro, nomeou a sua filha como rainha e pediu ao seu irmão D. Miguel para ele casar com a filha D. Maria e ser rei. Para agradar D. Miguel, a Constituição foi substituída pela Carta Constitucional, muito mais absolutista (feita pelo rei). D. Miguel concordou, mas logo que tomou posse do poder, restaurou o absolutismo.
  
   Sabendo o que se estava a passar em Portugal, D. Pedro decidiu intrometer-se no assunto originando uma guerra civil.
   O golpe foi planeado nos Açores e foi aplicado no Porto.
   A batalha foi vencida em 1834 pelos liberalistas e D. Miguel foi, definitivamente, mandado para o exílio do qual nunca mais regressou.
   A Carta Constitucional foi reposta depois de em 1828 ter sido interrompida.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Revolução Portuguesa

   Ainda no século XIX, Portugal era marcado pelo Antigo Regime, tendo um rei absolutista bastante reservado. O país, maioritariamente agrícola, tinha uma fraca economia tendo um abalança comercial negativa.
   Apesar do atrasa económico e social do país, as ideias iluministas entravam (trazidos pelos estrangeiros) e invadiam as mentes mais abertas dos portugueses.
As pessoa que se destacavam por serem diferentes na forma de vestir e falas (nas ideais iluministas) era presos pois eram considerados uma ameaça ao absolutismo.

   O descontentamento populacional pelo absolutismo e pela má governação do país começou em 1807 com as primeiras invasões francesas. Estas deviam-se ao facto de Portugal ter recusado aderir ao Bloqueio Continental (pois Portugal era aliado da Inglaterra) imposto pela França contra os Ingleses. Foram três invasões com as quais Portugal sofreu imenso.

Houve consequências físicas e morais que abalaram o país:
  • os danos causados pelas guerras: mortes, vandalismo, roubos, destruição de casas, territórios, propriedades, campos de cultivo, enfim uma situação económica péssima pois adicionando aos estragos territoriais, houve um grande declínio no comércio (também devido à abertura dos portos Brasileiros ao tráfego internacional, que eram uma grande ajuda no comércio português e a abertura do espaço económico interno aos ingleses) e na produção devido ao tempo ocupado na defesa do seu país.
  • uma outra situação veio abalar a população portuguesa, o facto de o rei e toda a corte terem-se refugiado no Brasil para evitarem serem mortos. Foi nomeado um regente para governar o país na ausência do rei, mas foi rapidamente substituído por ingleses que entretanto vieram à Portugal para ajudar na defesa aos Franceses. Os portugueses sentiram-se como uma colónia, como escravos, e esse sentimento piorou com as recusas de D. João VI em voltar para Portugal pois estava a gostar da sua estadia no Brasil.

   A população estava descontente e revoltada. A revolução deu-se em 1820. Este movimento começou no Norte devido a existência de um maior número de burgueses naquele local (lá era produzido o vinho do porto, e era comercializado), era dirigido pelos liberais e oficiais do exército.
  • Foram expulsos os representantes ingleses.
  • O rei foi obrigado a voltar para Portugal e aceitar a Constituição de 1822 (feita dois anos depois), acabando assim com o absolutismo e elegendo representantes para as Cortes Constituintes.  
  • Foram abolidos os impostos feudais e dízimas, acabando com os privilégios entre as classes (todas as leis impostas na Constituição Francesa).
  • Foi imposto o direito ao ensino.
   E como não podia deixar de ser, tal como em França, haviam os mais radicais na revolução, os mais moderados e os contra-revolucionários que defendiam o absolutismo. Geraram-se assim, vários conflitos ao longo dos anos entre as oposições, havendo mudanças na maneira de governação do país.

   Brasil tornou-se independente em 1822, governado pelo D Pedro que não voltou à Portugal.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Revolução Americana e Francesa - O Liberalismo

   Devido aos novos ideais iluministas, começaram a surgir revoluções populares aos regimes absolutistas existentes na altura. As colónias queriam independência para poderem fazer o seu próprio destino longe das suas cidades mães. O Terceiro Estado, por influência da burguesia, queria ter algum poder e opinião na gestão do seu país. Com as teorias da igualdade da classes sociais o povo revoltasse.

A Revolução Americana de 1776
   A primeira revolução liberal aconteceu nos Estados Unidos em 1776. Sendo uma colónia inglesa, influenciada pelas ideias filosóficas, revolta-se perante as duras condições às quais estava a ser sujeita: sendo ma colónia, devia sempre obedecer à cidade mãe sendo sempre postos de parte os seus interesses, também o comércio só era permitido ser feito com a Inglaterra, devendo-se contentar com os preços estabelecidos pela mesma e tendo aumentado os impostos sobre os produtos e suportando os gastos do exército inglês, e claro, pelo mau trato da população americana por parte dos ingleses e não permissão da participação dos americanos na vida política de Inglaterra.
  
   Os colono começaram a recusar os pagamentos injustos dos impostos e passando a várias revoltas contra os ingleses. Em 1774, os colonos americanos fecharam os portos à Inglaterra como forma de protesto. Em 1775 foi criado o exército americano contra os ingleses e foi pedida ajuda aos outros países europeus na luta contra Inglaterra à qual aderiu a França por ter relações negativas conta o inimigo comum. Em 1776 foi criada a Declaração de Independência na qual estava escrito que todos os homens são iguais e têm direito à vida, à liberdade e à felicidade e que o governo deverá apoiar os direito do Homem e será residido no povo. Assim começou a guerra entre Inglaterra e os EUA na qual venceu a América do Norte, ficando assim, independente. Mas a paz dentro do país só foi possível com a Constituição de 1787 com um regime liberal.


A Revolução Francesa de 1789
   A revolução francesa deu-se a seguir, em 1789, influenciada pela revolução americana. A ideia da revolução surgiu quando a França começou a ajudar os americanos na sua revolução, trazendo da América experiências e contando-as aos franceses. Também influenciou o facto de o Estado francês ter gasto muito dinheiro na ajuda à revolução americana (para além dos gastos habituais excessivos da corte francesa) e o aumento dos impostos para a corte poder continuar a sua vida com o mesmo nível de antes. Para além dos gastos da revolução americana, França sofria, desde 1770 grandes crises agrícolas, manofactureiras e comerciais que agravaram a situação económica do país, tendo assim uma balança comercial desfavorável. 
  
   Não suportando mais a situação de pobreza, o povo começava a revoltar-se fazendo pequenas revoltas populares. Como o povo continuava a ser ignorado e as classes privilegiadas recusavam-se a ajudar a país pois não queriam perder os seus privilégios, o Terceiro Estado, dirigido pela burguesia fez uma revolução definitiva. Primeiramente, atacou a Bastilha da qual pretendia soltar todos aqueles que foram presos por não respeitar a vontade régia e de seguida dirigiram-se ao palácio de Versalhes no qual residia toda a corte e a família real e mataram-os, acabando assim com o poder absolutista.

   A seguir à revolução, foi criada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789, inspirada nos ideais iluministas na Declaração dos Direitos americana. Nessa Declaração falava-se dos direitos da igualdade e da liberdade do Homem, de que deveria ser julgado de igual forma independentemente da classe social a que pertencia, poderia votar nos seus representantes no Estado (não tendo um rei absoluto), deveria ser livre de manifestar a sua opinião desde que não prejudique os outros, deveria ser tolerante com os outros, os impostos deveriam ser pagos por todos, deveriam ter direito à propriedade...

   A seguir foi feita a Constituição de 1791, sendo esta mais moderna. Esta estabeleceu a monarquia constitucional, com um rei hereditário e uma Assembleia Legislativa eleita pelo povo, contudo, nas eleições só podiam participar homens maiores de idade que soubessem ler e escrever e com um pagamento de uma certa quantia, o censo, o que impossibilitava muitas pessoas de votar. A Constituição também acabou com a sociedade de ordens, sendo essas (teoricamente) iguais e tendo a possibilidade de obter diversos cargos.

   Mesmo com a Constituição de 1791, continuava a haver várias revoltas entre revolucionários e contra-revolucionários. Assim, em 1792 foi instituído o governo da Convenção, com uma nova Constituição (de 1793), um período conhecido de Terror. Foi assim, instaurada uma república popular. Começou uma presseguição terrível aos contra-revolucionários; foram aumentados impostos aos mais ricos; a alimentação foi reduzida.

   Em 1795 deu-se novamente um golpe ao estado devido às mesmas razões e a Convenção foi substituída pelo Directório com uma nova Constituição de 1795. Tendo um regime republicano e um estado laico (tolerância religiosa) a população continuava descontente.

O último golpe ao Estado foi o de 1799 que originou o Consulado, gerido pelo Napoleão Bonaparte. Conseguindo o agrado populacional, Napoleão foi proclamado imperador hereditário (monarquia imperial).

França deu origem à várias revoluções liberais por toda a Europa e também em várias colónias, espalhando a filosofia da Liberdade Igualdade e Fraternidade gerando conflitos dentro desses países devido ao descontentamento populacional sobre os regimes autoritários e as suas vidas miseráveis.

 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ideias Iluministas

   As ideias iluministas surgiram em Holanda e Inglaterra nos finais do século XVII devido à mentalidade aberta das pessoas e progressos no campo da agricultura, pecuária e indústria. No seu grande auge, instalaram-se na França nos finais do século XVIII.
   Estes ideais colocavam o ser humano no centro do mundo, contrariando a teoria de que era Deus o responsável por tudo o que acontecia ao homem.
   Eram, inicialmente, os filósofos que se debruçavam sobre estes assuntos, passando mais tarde também o povo a questionar-se sobre estas questões. Os mais conhecidos foram: Montesquieu, Rousseau, John Locke, entre outros... Estes defendiam que o pensamento das pessoas não devia ser influenciado pela emoção mas pela rasão e que todos nós devíamos ser julgados e aceites como seres iguais pois nascemos iguais.

   Algumas mudanças influenciadas pelo iluminismo:
  • na pintura - quadros inovadores com temas actuais e cores vivas.
  • criação de cafés e jornais onde as pessoas podiam comentar assuntos actuais da política e ideais filosóficos.
  • os homens passaram a questionar-se sobre a sua vida; "Porque os mais ricos estão isentos de pagar impostos?", "Porquê não se pode mudar de classe social se há essa possibilidade?", "Porquê só os nobres é que têm privilégios?"...

   Apareceram ideias filosóficas sobre os mais variados assuntos:
   John Locke defendia a tolerância às diferenças culturais, à liberdade, ao individualismo, à aceitação de outras culturas e respeito a todas as diferenças (sobretudo às religiosas), e que sobretudo, devemos separar a religião do governo.
   Denis Diderot dizia que era preciso pôr de parte as velhas crenças e tradições e investir no progresso ( indústria e ciência). É preciso observar a Natureza e não fixar-se no que já se sabia. Também defendia que logo que as pessoas fossem instruídas, deveriam votar e participar na vida política do seu país.
   John Locke e Jean-Jacques Rousseau diziam que as crianças deviam ser mais valorizadas pelos pais e deviam ter uma infância apropriada e bem aproveitada e só depois na adolescência é que deveriam ser educados e instruídos. Rousseau ainda defendeu a separação de poderes e as eleições ao Estado - participação do povo na vida política do país.
   Luís António Verney defendia a igualdade dos sexos, de que as mulheres deviam ter o igual direito de ir às escolas e poderiam ter empregos. Verney também fez várias críticas à nobreza devido aos seus privilégios, pois como todos nós nascemos iguais, todos nós devemos ter os mesmos privilégio.
   Montesquieu falou na separação dos poderes. Os três poderes - legislativo, executivo e judicial, deveriam ser divididos e não poderiam pertencer à mesma pessoa (ao rei).
   ...entre outros...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

...recomendações...

   Para percebermos melhor esta época, os costumes de cada regime, a maneira como viviam, deixo algumas recomendações de filmes e livros:


"Maria Antonieta"

Um filme sobre o absolutismo francês, que conta a história de uma princesa austríaca que veio para a França para ser a futura rainha, e a última... 
A rica vida da corte francesa, os seus hábitos, obsessão pelas várias saudações de cortesia, etc... 

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"The Tudors" é uma série televisiva sobre a vida de Henrique VIII, rei de Inglaterra que causou a ruptura com a igreja católica por querer divorciar-se da sua mulher e por a igreja não o deixar fazê-lo.
Ao ver essa série, podemos aprofundar-mo-nos nesta parte da história e perceber a vida da corte inglesa nesse século.

                                                      também há o livro e o filme sobre esta história:

 


A continuação da geração dos Tudor.
Filha do Rei Henrique VIII, Elizabeth I, terá também uma da mais faladas rainhas de sempre.

Os filmes: "Elizabeth I" (1998) e "Elizabeth, a idade de ouro" (2007)