terça-feira, 24 de maio de 2011

A Vida de um Operário - As Fábricas

   Com a Revolução Industrial foram criadas fábricas dedicadas a vários sectores. Começou um Mundo de capitalismo. O pretendido pelos patrões era obter o lucro máximo ao preço mínimo, e o dos operários era simplesmente, sobreviver.
 
   De monofactura passou a maquinofactura - o trabalho era feito nas fábricas com a ajuda das máquinas. A fábrica era uma instalação com um espaço muito grande e organizado, cada trabalhador tinha o seu posto de trabalho e a sua função.
   Existindo uma produção em cadeia (cadeias de montagem)onde os trabalhadores tinham uma única função (divisão do trabalho), uma pequena parte na produção onde faziam sempre a mesma coisa, era possível ter uma boa organização no local de trabalho pois o operário não podia nem precisava de sair do seu lugar. Alias, eram-lhe oferecidas as condições mínimas para que o operário pudesse estar minimamente confortável para assim poder produzir o máximo possível no menor tempo. Desenvolveu-se assim, uma automatização dos actos e gestos do trabalhador (especialização de tarefas), fazendo o trabalhador trabalhar automaticamente e sem grande dificuldade. A essa automatização do trabalhador e a sua tarefa exclusiva chamou-se Taylorismo.
  Os operários passaram a ter horários de entrada e saída o que permitia um maior controlo dos mesmos.
  O aparecimento da electricidade permitiu a existência de turnos diurnos e nocturnos para que a produção nunca parasse.

   Esse trabalho árdou do operário permitiu uma diminuição do custo acabado do produto, o que possibilitou um aumento do poder de compra - originando o consumo de massas, e melhores condições de vida das pessoas.
   Esse aumento da procura levou a massificação da produção - produção em massa. Os produtos passaram a ser uniformes (modelos todos iguais, não fabricando peças únicas) - estandardização.

   A concorrência entre os empresariais foi aumentando, levando alguns deles a falência. Os mais necessitados, tiveram que recorrer ao crédito para sobreviver- criou-se assim um capitalismo financeiro, em que a moeda passou a ser, também, uma forma de comércio. A moeda teve o nome de moeda fiduciária, passava pelas mãos dos banqueiros.   

   Uma nova forma de ganhar dinheiro surgiu com a compra e venda de acções criando-se assim a especulação.
                     
   Para não irem a falência e para sobreviverem à concorrência, as empresas criaram duas formas de sobrevivência:
  • concentração vertical - uma empresa compra outras que possam ir a falência (aquisição) e que concorriam para o mesmo produto no mercado (indústria siderúrgica, têxtil...)
  • concentração horizontal - associação de empresas podendo ou não concorrer para o mesmo produto acabado.
   Falta referir que apesar de o sexo masculino ter sido sempre predominante neste tipo de trabalho, a partir da 1ª Guerra Mundial, a mulher e as crianças vão entrar nesse ramo para poderem sustentar-se enquanto os homens estivessem na guerra.

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