quarta-feira, 26 de outubro de 2011

1ª República – Portugal

   No início do século XX, Portugal vivia num regime monárquico, sendo já uma monarquia parlamentar.
   Portugal, desde sempre foi um país pouco desenvolvido em comparação com os outros países europeus, tendo constantes problemas económicos. No século XX, não apresentava uma agricultura desenvolvida e mecanizada, nem uma indústria predominante. O comércio era frágil devido a concorrência dos países mais fortes e devido a falta de produtos para comercializar. A população vivia miseravelmente trabalhando nos campos – agricultura tradicional.
   A revolução que demonstrava o descontentamento do povo, deu-se em 1910 e levou ao fim a monarquia, instaurando a República.
   Apesar do futuro promissor do novo regime político, a 1ª República não teve sucesso e foi substituída pela ditadura salazarista 16 anos depois – 1926.
   Esse período de 16 anos foi um período de grande instabilidade política causando ainda maiores estragos na economia portuguesa. Portugal presenteou oito eleições presidenciais (em vez das quatro normais), sete presidentes da república, quarenta e cinco governos e nove eleições legislativas. Este insucesso foi, maioritariamente, causado pela oposição ao novo regime: clérigos, nobres, apoiante do D. Miguel e a alta burguesia, o que originou uma guerra civil entre estas duas frentes.   
   Dentro do parlamento começara a haver divergências logo após a vitória da República. Vários apoiantes da revolução tinham uma divergência de ideais quanto ao futuro do país: uns eram mais radicais, outros eram reformistas, etc.   
   Nos 16 anos da república, houve vários regimes: o mais predominante – o republicano, em 1915 e 1917 houve breves ditaduras, em 1919 instauração da monarquia do Norte e o fim da mesma. Mostrando o desagrado a algumas dessas políticas, os seus fundadores eram assassinados.  
   Aos poucos, Portugal foi entrando numa crise cada vez mais profunda, subindo constantemente os preços dos produtos – inflação, levando à desvalorização da moeda e ao défice da balança económica. O agravamento da miséria da população levou à greves e manifestações o que também não foi muito benéfico para o país, parando a produção.
   Em 1926, o general Gomes da Costa aboliu a 1ª República e deu início a uma ditadura na tentativa de melhorar as condições de vida da população.
                                  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

As Mudanças Sociais

   A partir do século XIX, começou a haver uma maior urbanização. O desenvolvimento das indústrias possibilitou o aparecimento de novos postos de trabalho o que levava as pessoas a saírem dos campos e irem para as cidades a procura de melhores condições de vida – êxodo rural e expansão urbana.
   Esse movimento aconteceu primeiro na Europa, seguindo-se da América e alastrando-se no resto dos países de acordo com o seu desenvolvimento industrial.
   De acordo com a quantidade de pessoas que emigravam para as cidades, essas transformavam-se e aumentavam consideravelmente – criação de metrópoles. Os prédios eram construídos em altura para poder alojar o maior número de pessoas. As pessoas que não tinham como pagar um apartamento dentro da cidade, construíam barracas na sua margem, principalmente ao pé das fábricas onde trabalhavam para poupar tempo na deslocação de casa para o trabalho e vice-versa. Para poder sustentar as necessidades básicas das pessoas, fio necessário a criação de sistemas/serviços que pudessem criar condições favoráveis para a existência nas cidades – transportes, bancos, escola, esgotos, eletricidade, hospitais, funções públicas, lojas, bibliotecas, etc.
   Para além das mudanças físicas das cidades, a mentalidade das pessoas sofreu igualmente, grandes alterações. A vida nas cidades passou a ser uma competição: as pessoas lutavam pela sua sobrevivência; como eram muitas, tinham que aceitar tudo o que lhes era proposto (trabalho) por muito miserável que fosse, pois sabiam que se não o fizessem iriam ser substituídos por outros, essas condições faziam com que as pessoas trabalhassem durante todo o dia e só tivesses o mínimo de horas para poder dormir. Começou a haver uma grande distância e a indiferença para com as pessoas que as rodeavam (vizinhos), consequentemente a crescente falta de solidariedade e de carinho pelo outro.
   As crianças foram obrigadas a alteram os seus hábitos de brincarem na rua devido ao constante trânsito e poluição.
   É nesta altura que se começa a ter uma noção do que é o lazer. As pessoas começam a frequentar lugares como teatros, cinemas, bares, cafés, casinos, ver jogos, ouvir música, a ter um interesse pelo desporto, viajar, etc. – Anos 20 / “the american way of life”.
   As mulheres são obrigadas a trabalhar para poderem a sustentar a família pois só o ordenado do “chefe de família” já não chegava. A ausência da mulher em casa leva a uma menor taxa de natalidade pois a mulher já não tem a possibilidade de ficar em casa a tomar conta dos filhos. Para além disso a mulher, como sendo capaz de se sustentar, passa a ter independência económica não necessitando do apoio económico de um membro de família masculino – essa independência económica permite-lhe a escolha de um marido por amor e não pelo dinheiro e após o casamento, os recém-casados sairiam da casa dos pais e iriam viver sozinhos, o que eram comum acontecer antigamente. Começa a haver uma maior igualdade entre os sexos – as mulheres deixam de ser vistas apenas como um meio de procriação e um ser indefeso. Começa então a emancipação feminina. As mulheres começam a lutar pelos seus direitos, iguais aos homens, começando a luta ainda no século XIX pelo sufrágio universal – direito ao voto e continuando já no século XX pelos outros direitos que o homem tinha. Uma das coisas mais notórias desta emancipação, foi a alteração da imagem da mulher: o corte de cabelo extremamente curto, as roupas justas e curtas, o hábito de fumar, de fazer desporto e de estar mais a vontade no mundo reconhecendo-se como um ser digno e merecedor de respeito.

   Após a 1ª Guerra Mundial, os países adotaram novas visões políticas: de direita – apoiantes do capitalismo; da esquerda – apoiantes do socialismo; e os apoiantes do nacionalismo – o caso da Alemanha.
  •    Apareceu a teoria do relativismo que negava o positivismo. O pensamento positivista afirmava que só havia uma verdade e que tudo podia ser explicado de uma maneira objetiva. No século XX essa teoria veio ser posta em causa afirmando que há várias maneiras de ver um assunto e que pode haver várias verdades havendo incerteza em todas elas – subjetivismo.
   O Sigmund Freud afirmava a teoria da divisão da mente. Nela haveria distinção e divisão do nosso consciente e inconsciente, sendo o último aquele que na verdade mostra a nossa personalidade e a nossa vontade.