terça-feira, 22 de março de 2011

O Novo Ordenamento Político e socioeconómico (1834-1851)

   Os anos seguintes foram continuamente criticados pelos adeptos de vários regimes: absolutismo, liberalismo moderado e liberalismo radical.

   Um dos revolucionários foi o Mouzinho da Silveira. Foi o apoiante de D. Pedro na guerra civil, mas tinha ideais muito mais radicais. Acreditava na igualdade, na justiça e no avanço de Portugal na Europa.
   A economia portuguesa foi o seu alvo: o seu ideal era a abolição dos monopólios comerciais para que possa haver concorrência e haja desenvolvimento no país. O desenvolvimento das indústrias era crucial, pois depois da separação do Brasil de Portugal, a economia portuguesa piorou bastante e era preciso ser mais autónomo e tentar chega, por meios próprios, à situação europeia. As terras feudais deveriam ser abolidas e distribuídas pelo povo, se esse as quise-se comprar (para terem a possibilidade de terem um negócio próprio). Era preciso que Portugal pudesse auto-sustentar-se.

   O movimento setembrista baseou-se na teoria do Muozinho da Silveira. Os apoiantes eram liberalistas radicais que apoiavam inteiramente a Constituição de 1822.
   A Revolução de Setembro deu-se em 1836. Os lideres ocuparam as posições do governo, foi uma revolução bem sucedida.
   Os revoltosos, exigiram a reposição da Constituição de 1822 à rainha D. Maria II. A nova Constituição foi rescrita com base na Constituição de 1822, 1837 (espanhola), 1831 (belga) e 1830 (francesa, nova) 2 também a Carta Constitucional de 1826.

   O descontentamento continuava e houve uma outra revolução, a de 1842 - o Cabralismo. Essa, foi defendida pelos cartistas - apoiantes da Carta Constitucional. O líder da revolução foi Costa Cabral, que foi um apoiante do setembrismo mas foi influenciado pelos homens ricos (nobreza, também a rainha D. Maria II) e mudou os seus ideais.
   Costa Cabral pretendia o desenvolvimento do país através de obras públicas e da melhoria da Administração. Era um regime de certa forma ditatorial e causava descontentamento à vários partidários de outros regimes.
   Descontente com as más condições de vida e má governação do país, setembristas e miguelistas uniram-se pela primeira vez para abolir o regime governador - Cabralismo.
   A revolução começou em 1846 e teve duas fases: a primeira - a Revolução da Maria da Fonte, acontecendo na sua maioria na região do Porto, consegui tirar Costa Cabral do poder; a segunda - Revolução da Patuleia, organizada pelo povo, teve revoltas por todo o país.
   Apesar do esforço, as forças estatais (Cabralistas) conseguiram vencer e repuseram Costa Cabral ao seu lugar anterior em 1849.
   Mesmo na segunda governação de Costa Cabral, foi um insucesso como da primeira. Mais uma vez, os setembristas e agora com os cartistas moderados, originaram mais uma revolta em 1851, e desta vez conseguiram vencer e retirar Costa Coabral do poder.

domingo, 20 de março de 2011

A Resistência ao Liberalismo

   Após a revolução liberal de 1820 em Portugal, surgiram oposições ao novo regime. Os absolutistas, na sua maioria nobreza e clero - classes privilegiadas, queriam a restauração do poder absoluto. Também entre os liberais, Haviam os mais moderados e os mais radicais.

   As figuras que representavam os dois lados eram o D. Miguel - absolutista e o D. Pedro - liberalista, ambos filhos de D. João VI. D. Miguel apoiava a sua mãe D. Carlota Joaquina na defesa dos seus interesses absolutistas e na conservação dos seus privilégios e sua honra perante a corte e o país. Pelo contrario, D. Pedro - imperador do Brasil, influenciado pelos ideais liberais que levaram o Brasil à independência, queria a liberdade dos homens e a sua participação no governo.

   D. Miguel ficou insatisfeito com a publicação da Constituição de 1822, revoltando-se demonstrativamente várias vezes, apoiando as revoluções, entretanto originadas em Espanha, ajudando os seus familiares maternos.
   D. João tentava inúmeras vezes impedir essa atitude no príncipe, moderando a Constituição para que essa ficasse mais do seu agrado. Mas nem isso ajudava, pois D. Miguel planeou retirar o rei do trono, alegando falsas ameaças ao rei. Foi obrigado a retirar-se para o exílio em Viena de Áustria.

   Após a morte de D. João VI, D.Pedro, nomeou a sua filha como rainha e pediu ao seu irmão D. Miguel para ele casar com a filha D. Maria e ser rei. Para agradar D. Miguel, a Constituição foi substituída pela Carta Constitucional, muito mais absolutista (feita pelo rei). D. Miguel concordou, mas logo que tomou posse do poder, restaurou o absolutismo.
  
   Sabendo o que se estava a passar em Portugal, D. Pedro decidiu intrometer-se no assunto originando uma guerra civil.
   O golpe foi planeado nos Açores e foi aplicado no Porto.
   A batalha foi vencida em 1834 pelos liberalistas e D. Miguel foi, definitivamente, mandado para o exílio do qual nunca mais regressou.
   A Carta Constitucional foi reposta depois de em 1828 ter sido interrompida.